domingo, 27 de novembro de 2011

TAMPANDO O SOL COM PENEIRAS - LIXO

Neste domingo foi realizada em Poxoréu mais uma edição da Caminhada Ecológica, que teve na organização a administração municipal. É uma iniciativa louvável, porém, é contraditório com aquilo que acontece em nosso perímetro urbano, pois há em diversas partes da cidade lixo espalhado em terrenos baldios ou jogado em nossos rios. A coleta de lixo em Poxoréu é feita por uma empresa privada que utiliza caminhões da Secretaria de Obras, mas isto é outro problema... O serviço oferecido é até razoável, porém, ficam algumas perguntas com as fotos que serão postadas a seguir:
A coleta funciona como deveria?
A população de Poxoréu tem feito a sua parte ao depositar diversos materiais em terrenos baldios próximos de suas casas?
Há preservação do meio ambiente dessa maneira?
As edições anteriores da Caminha Ecológica surtiram algum efeito concreto de conscientização e mudança de atitude da população no tocante de cuidar melhor do lugar onde moram?
Se estes mesmos organizadores fizessem campanhas que alertassem aos nossos conterrâneos para a preservação do meio ambiente onde vivem, dariam mais resultados do que tamparem o "sol" com peneiras ao realizarem Caminhadas Ecológicas e colocarem em diversos pontos da cidade tambores para coleta seletiva, sendo que na realidade não há seleção alguma, já que o lixo é misturado novamente ao ser jogado em um mesmo caminhão sem repartições especificas para cada tipo de material.Preservação Ambiental é algo que se faz de maneira coletiva e há que ser realizada com ações concretas, onde os resultados sejam vistos no cotidiano das pessoas com mudanças de hábitos que não agridam ao meio ambiente. Realizar eventos que visem propagar que Poxoréu tem preocupação com o seu meio ambiente é muito fácil, pois não estão preocupados se darão resultados concretos. Será que fazem isto com o objetivo de terem materiais para revistinhas que distribuem em anos eleitorais com as ações das administrações durante os anos?



EQUIPE PONTO DE VISTA

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

BOTE FÉ POXORÉU

O que é o projeto Bote Fé? É um projeto da Igreja Católica do Brasil que convida você jovem para participar da preparação da próxima Jornada Mundial da Juventude em 2013. Por isso vamos formar um grupo com todos os interessados em participar da jornada na cidade do Rio de Janeiro (RJ) nos dias 23 a 28 de julho de 2013.
Quem pode participar? Jovens Católicos de 15 a 29 anos, que até dezembro de 2012 estejam Crismados.

Como participar? Preencher a ficha de inscrição na Secretaria do Centro Juvenil até o dia 23 dezembro, sendo menor deverá preencher a autorização dos pais ou responsáveis. No ato da inscrição apresente cópias do RG, CPF e comprovante do Crisma. A taxa de inscrição é de R$ 20,00 com direito a camiseta.

APOIO

REDE SALESIANA DE AÇÃO SOCIAL
PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA

REALIZAÇÃO

AJS - ARTICULAÇÃO DA JUVENTUDE SALESIANA

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CELEBRAÇÃO - CRISMA - POXORÉU

No domingo 20 de novembro, houve no Centro Juvenil uma Celebração presidida pelo Bispo Dom Derek, pelos Salesianos de nossa comunidade e receberam o Sacramento do Crisma 83 pessoas.

EQUIPE PONTO DE VISTA

sábado, 19 de novembro de 2011

Catira

No mês de julho estiveram em Poxoréu alguns integrantes do Grupo de Catira "Os Considerados" de Silvânia-GO, com a intenção de implantar a catira na cultura de Poxoréu. De todo pessoal que participou da oficina restaram apenas alguns integrantes que estão dando continuidade a esse trabalho. O grupo já se apresentou em alguns eventos da região e está com outras apresentações marcadas.

Evolução da Catira

A Catira em algumas regiões é executada exclusivamente por homens, organizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de cada uma delas fica o violeiro que tem à sua frente a sua “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria, entoando uma terça abaixo ou acima. O início é dado pelo violeiro que toca o “rasqueado”, toques rítmicos específicos, para os dançarinos fazerem a “escova”, bate-pé, bate-mão, pulos. Prossegue com os cantadores iniciando uma moda viola, com temática variada em estilo narrativo, conforme padrão deste gênero musical autônomo. Os músicos interrompem a cantoria e repetem o rasqueado. Os dançarinos reproduzem o bate-pé, bate-mão e os pulos. Vão alternando a moda e as batidas de pé e mão. O tempo da cantoria é o descanso dos dançarinos, que aguardam a volta do rasqueado. Acabada a moda, os catireiros fazem uma roda e giram batendo os pés alternados com as mãos: é a figuração da “serra abaixo”, terminando com os dançarinos nos seus lugares iniciais. O Catira encerra com Recortado: as fileiras, encabeçadas pelos músicos, trocam de lugar, fazem meia-volta e retornam ao ponto inicial. Neste momento todos cantam uma canção, o “levante”, que varia de grupo para grupo. No encerramento do Recortado os catireiros repetem as batidas de pés, mãos e pulos. É uma dança trazida pelos boiadeiros, eles iam tocando os gados, rancho a fora quando descobriram que no assoalho daquele rancho fazia um barulho interessante, eles brincavam de bate palmas e pés.



EQUIPE PONTO DE VISTA


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"PÃO E CIRCO" = RECEITA INFALÍVEL

Há muito tempo que esta receita não tem falhado por aqui. Sempre dão "migalhas" ao povo e "festas medíocres"para justificar altos gastos. Gastos com o que? Com som, palco, barracas, banheiros químicos e principalmente, com bandas regionais. Será que isto justifica o alto gasto com as festas organizadas pela nossa Administração Municipal? É, tem gente que diz que SIM!! Outras questionam por não estarem no meio do BOLO e não serem convidadas a provar de " SABOROSA FATIA".
Enquanto procuram fazer mais do mesmo e só mudam a maneira de se chegar a isto, os honestos chefes de famílias de nossa amada terra não encontram outra alternativa, aceitam trabalhar nas ciadades vizinhas, porém, estas não fazem caridade alguma ao contratarem os trabalhadores de Poxoréu. Elas notam que aqui o povo é carente e precisa de emprego e, se um individuo não aceita o tipo trabalho oferecido , é certo que haverá sempre quatro ou mais que dirão sim, pois, precisam colocar comida nas bocas de seus amados filhos e esposas.
Porque será que estas empresas não contratam para os mesmos cargos que destinam a Poxoréu trabalhadores de suas cidades - sedes? Será que os moradores destas cidades não aceitam os salários oferecidos para executarem determinados serviços?
Manter todos estes trabalhadores aqui com empregos dignos seria o ideal, porém, não é possível. Preferem deixar que chamem Poxoréu de Cidade Dormitório.

É impossível mudar esta realidade? Com certeza, é possível, mas depende de cada um tomar coragem e não vender a arma mais eficiente que temos. Esta arma foi conquistada com a Democracia e deram a ela o seguinte nome:
VOTO

O ano eleitoral está se aproximando. Desde já, é bom pensar e ouvir os argumentos de cada candidato, pois, em quatro anos é possível fazer alguma obra relevante para a nossa cidade melhorar e ainda não se tem visto nenhuma por aqui.

Mudar com o voto é possível.
Manter "Pão e Circo" também.

EQUIPE PONTO DE VISTA

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CENTRO JUVENIL: ABERTURA DO 25º PINGOS DE CAMPEÕES E 14º PÓ DE ESTRELAS

No ultimo dia 05, houve a abertura do Torneio Pingos de Campeões e Pó de Estrelas realizado pelo Centro Juvenil, contando com a participação de 12 equipes.Os jogos acontecerão até o dia 27 de novembro, quando haverá o encerramento do torneio.
Equipes - Pingos

Categoria Pixote: João Torres, Laís Modas e Odete
Categoria Dente de Leite: Centrão, PELC, João Torres, Palmeirinhas, Os Tigres e Nacional.

Equipes - Pó de Estrelas

As Flamenguistas, Sport Girls e As Corinthianas

EQUIPE PONTO DE VISTA

terça-feira, 8 de novembro de 2011

"ESTADO DIFERENTE EM CADA ESQUINA"

Sem enrolação, a proposta deste artigo é puramente mostrar o maior símbolo de nossa Poxoréu por meio de alguns pontos da cidade. Há também um link que direcionará os interessados a uma pagina onde está disponível uma música que exalta as belezas de nossa terrinha. Esta canção é de autoria do cantor e compositor Amorézio, filho de Poxoréu.













EQUIPE PONTO DE VISTA

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Galera, aí vai um recado do TIRIRICA...

... e pensar que eu ria da cara dele!!

O grande parlamentar brasileiro TIRIRICA foi diplomado em 17.12.2010.. Salário: R$ 26.700,00 Ajuda Custo: R$ 35.053,00 Auxilio Moradia: R$ 3.000,00 Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00 Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E INTERNACIONAL (livre escolha de medicos e clinicas). Telefone Celular: R$ ILIMITADO. Ainda como bônus anual: R$ (+ 2 salários = 53.400,00) Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano. Mensalão: A COMBINAR!!! Custo médio mensal: R$ 250.000,00 Aposentadoria: total depois de 8 (oito) anos e com pagamento integral.
Fonte de custeio: NOSSO BOLSO!!! Dá para chamá-lo de palhaço?
Pense bem, quem é o palhaço!! Nem é preciso dizer...

BOPE: R$ 2.260,00 Para arriscar a vida;

Bombeiros: R$ 960,00 Para salvar vidas;

Professores: R$ 728,00 para preparar para a vida;

Médicos: R$ 1.260,00 para manter a vida;

E um deputado federal? Ganha R$ 26.700,00 para ferrar a vida do Brasileiro!

Em 15 de Novembro, junte-se ao movimento contra a corrupção e esta bandalheira instalada no Brasil!

* ESTE MATERIAL ESTÁ DISPONÍVEL NA WEB!


EQUIPE PONTO DE VISTA

sábado, 5 de novembro de 2011

HÁ RISCOS? DEPENDE DO PONTO DE VISTA

A menos 1 mês de completar 1 ano que foi inaugurada a ponte de concreto sobre o Rio Poxoréu, ainda não tomaram nenhuma providencia em retirar aquilo sobrou da antiga ponte de madeira. Da maneira que a mesma se encontra é um risco danado para animais e principalmente para nossas crianças.

Estão esperando que aconteça alguma tragédia? É possível evitar!

Há pontes de madeira em nossa zona rural que poderiam ter sido restauradas com a madeira que está inutilizada e se estragando. É preciso sair do campo da demagogia barata e que nada resolve. Existem diversos problemas em nossa cidade para solucionar e não são oratórias impecáveis e discursos inflamados que mudarão a realidade de um povo.


EQUIPE PONTO DE VISTA

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dia Nacional da juventude (DNJ)

No domingo, 30 de outubro foi realizado em Poxoréu o Dia Nacional da juventude o (DNJ), no centro comunitário da Vila Irantinópolis. Houve algumas palestras para os jovens sobre o tema mencionado no cartaz ao lado e testumunhos sobre a Jornada Mundial da Juventude que ocorreu em Madrid - Espanha, onde estiveram presentes os jovens João Fabio e Jessica Brandão que representaram nossa comunidade. Houve também uma motivação para que a juventude de nossa cidade se organize para participar da JMJ que ocorrera em 2013 no Brasil com a presença do Papa Bento XVI. Ocorreram diversas brincadeiras e a chuva atrapalhou participação de um número maior de pessoas, mas aqueles que foram aproveitaram bastante das atividades oferecidas neste dia.


EQUIPE PONTO DE VISTA

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O DIA DE FINADOS

O NASCER PARA O ALÉM...

Há quem morra todos os dias. Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza. Morre um dia, mas nasce outro. Morre a semente, mas nasce a flor. Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.

Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.

E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.

Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.

Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...

E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!

Texto: Padre Juca

Em Poxoréu...

As famílias foram logo ao amanhecer homenagear seus entes queridos, às 8:00 hs foi celebrada uma Missa por todos os falecidos e as visitas ao Cemitério Municipal continuaram durante todo o dia.


EQUIPE PONTO DE VISTA

DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL: UMA CONSTRUÇÃO ENDÓGENA


*Prof. Gaudêncio Amorim

Toda proposta de gestão, seja qual for, estará presente a figura do pessimista; Toda proposta, a princípio é vista com desconfiança e até com certo temor, quando não, eivada de dúvidas e quase nenhuma certeza. O novo assusta e, percorrer um caminho diferente, às vezes, traz a sensação de condução ao “abismo”, ou quando não, “de que sairá do nada para lugar nenhum”, como pensaria o pessimista, preferindo afundar-se na trilha de sempre até o horizonte fugir-lhe aos olhos. A dúvida, a fraqueza, o desânimo faz parte do ser humano, principalmente daquele que não acredita nele mesmo e acomodou-se aos retalhos de uma vida sem ousadia protagonizando o papel de vítima, frente a opressão da classe dominante, a pressão exterior que pulsa continuamente no tecido social e, principalmente, sob a égide da vasta estatística de governos mal sucedidos que encarnaram promessas não cumpridas.

Este cenário existe. Este tipo de governo e de liderança, também. Mas não existe só isso.

Destarte, a letargia que envolve algumas pessoas, também, contamina a organização do poder local, que apesar das iniciativas de poucos resultados, passam admitir que a realidade está determinada, confinada ao insucesso e a subsistir de medidas assistenciais que caminham na direção de um macro controle político eleitoral dos verdadeiros donos do poder. Basta aqui resgatar as disputadas emendas parlamentares dos deputados que, através delas, mantêm o seu quinhão eleitoral, não que elas sejam irrelevantes ou desnecessárias e os parlamentares não mereçam a deferência, muito pelo contrário, porém, um município não pode subsistir apenas de emendas parlamentares ou de quaisquer aparatos exógenos, por mais eficientes e evoluídos que sejam tais processos. É preciso ter ousadia para crescer de dentro para fora, do endógeno para o exógeno, de preferência, os dois, simultaneamente.

O poder político não se organiza e não se estrutura no mecanismo do conhecimento político. Esta é uma seara frágil da democracia, que, embora possa valer-se do trust, não deixa de retardar o desenvolvimento de um lugar ou alterar os destinos de uma empresa. Este é um aprendizado ainda arraigado no amadurecimento popular e na consciência política e cidadã do próprio povo num verdadeiro sentimento de nação, cujo alcance demanda a combinação de uma série de variáveis, porém, começa com o poder da iniciativa.

Na prática, o conhecimento técnico de um administrador público não é tão relevante quanto a sua capacidade de governar espelhadas na ação e na dinâmica das políticas públicas e estruturada no caráter pessoal que almeja o bem comum e o bem estar coletivo, alcançando o status de “homem de virtu” para, como Maquiavel, ser mais específico. O corpo do governo é importante, porém, o líder faz o governo e dá a ele a governabilidade. Não há bons exércitos sem bons generais. São eles quem os inspiram à luta, alimenta a esperança e são, por si, os combustíveis da conquista.

Poxoréu é um município que, como muitos outros, dada a sua história, encontra-se na encruzilhada do progresso e qualquer direção que tome, progredirá. O que precisa decidir é qual das estradas progredirá com maior eficiência, afinal, de nada adianta nos lançarmos à luta, de qualquer jeito, quando podemos fazê-la do melhor jeito e isso inclui afirmar que ela não será uma mera luta pelo poder político, mas uma dinâmica para impressão de resultados econômicos e progresso social, muito menos fazer política da administração, mas da administração, uma política.

Com freqüência temos assistidos desabafos, segundo os quais o fim do ciclo do diamante, enfraqueceu o município e o condenou ao infortúnio. Ora, o fracasso de um empreendimento é, muitas vezes, o início de uma aurora alvissareira e a oportunidade para uma conquista de melhores resultados através de alternativas de renda mais sólidas e menos incertas, como foi a mineração por quase um século. Não adianta chorar por algo que não existe mais; não adianta buscar culpados, reclamar da exploração predatória e etc, isso adianta em quê? Ajuda-nos em quê? Talvez, a continuarmos mais pessimistas e nos satisfazermos com “o pires e a vela” de sempre, seja fazendo novas promessas, seja recebendo novas promessas pelo pouco que alguém nos tenha dado. A mineração, apesar de décadas de fartura econômicas, muitos diriam que foi quase um século de atraso, principalmente, porque não permitiu a construção de uma cultura sistemática, foi antes, uma desconstrução, pois que se revelou mercenária, irresponsável e sem qualquer visão de futuro.

Em pleno furor da mineração jamais faríamos afirmações como as acima mencionadas, já que o glamour da época criaria simulacros de uma fartura permanente e a predição de tal verdade seria a fantasia de um homem insatisfeito com os excessos do capital achado sobre os cascalhos dos monchões e grupiaras.

No decurso histórico em questão, principalmente neste período denominado por alguns de “transição econômica” tivemos muitos olhares, inúmeras disputas internas, aumento sistemático de problemas internos, uma casa desorganizada, resultando numa sociedade junta, mas desunida e enfraquecida, caminhando na contramão de que “juntos seríamos mais fortes”. Aqui é preciso acrescentar: “juntos e unidos para sermos mais fortes”, afinal, estar juntos nem sempre significa estar unidos. Assim não há dúvida que será preciso reconstruir uma identidade, sendo a primeira coisa a fazer: CRIAR UMA NOVA IDENTIDADE DE SOCIEDADE, a qual deverá conjugar esforços individuais, boas iniciativas, valores, crença na capacidade individual e disposição para conquistar sonhos. Isto não é tarefa fácil e se assim fosse, alguém já teria feito, embora, não nos enganemos: a resistência ao novo e a disposição para novamente sonhar serão as etapas mais difíceis. Apesar disso, parafraseando o imortal Paulo Freire, “Só há esperança para aqueles que enquanto vivem, lutam”.

A tarefa de construir o desenvolvimento está numa seara que muitos se envolvem aplicando receitas e convicções pessoais e a maioria deles não passou de onde os pés pisaram e do horizonte que os olhos enxergaram e, sem harmonizar os vários olhares e as infinitas passadas que compõem a caminhada não há progresso social, se conjugar esforços e dividir sonhos não for um aprendizado coletivo. Nenhum desenvolvimento se efetiva numa caminhada solitária, por mais semi-deus que possa parecer o general. DESENVOLVIMENTO SE FAZ, PRINCIPALMENTE, COM CONHECIMENTO, geralmente indicativo da experiência e de um saber que não se sabe sozinho. Não se pode dizer que os governos fracassados ou aqueles que não atenderam a expectativa da sociedade se eximiram do desenvolvimento. Eles até sabiam o que fazer, porém, quase nenhum sabia como fazer. A administração é uma batalha e sem domínio, geralmente, perde-se para um inimigo comum: o próprio administrador.

Assim, nesta nova identidade social, na perspectiva de que “ser unidos é ser mais fortes”, por mais que cremos que conhecemos o nosso município, a construção de uma radiografia que permita identificar suas forças e fraquezas é imprescindível, afinal, será possível constatar duas coisas, a princípio: 1º) - que apesar saber, sabemos pouco e 2º) – que há tantas forças e oportunidades inexploradas que as fraquezas e os infortúnios dissiparão na crença dos pessimistas.

Em seguida, conhecendo nossas potencialidades e quais caminhos devemos evitar, surgir-se-á cristalinos os objetivos e metas, os quais, elegem por si os sonhos coletivos de uma sociedade. Entretanto, neste particular, urge dirimir um impasse histórico materializado na existência de uma liderança desarmônica, às vezes, até interessada no bem comum, polarizando disputas pessoais e, neste caso, ávida do poder pelo poder e, porque desorganizada e sem um fim social, os estardalhaços e trovoadas não conseguiram harmonizar a chuva para uma colheita coletiva. Segue-se então imperativa a necessidade de HARMONIZAR AS LIDERANÇAS, afinal, neste quesito, há duas verdades inequívocas: 1ª) – Vivemos uma crise de lideranças forjada pelo neoliberalismo e por governos transmutados pela egocracia e 2ª) Ainda há boas lideranças comprometidas com o bem estar social e visionária de um futuro melhor e, por isso mesmo, sabem que é no presente que se inicia construir.

Por outro lado, é provável que o diagnóstico municipal revele que o desenvolvimento rural, credenciado pela agricultura e pecuária sustentáveis, produzidas de forma tecnicamente orientada, se configure na principal vocação econômica depois do ciclo da mineração, permeadas pelo turismo e pela exploração dos subprodutos da garimpagem.

No final da década de 90, o plantio de Maracujá desenhou um cenário com expectativas econômicas, logo, desaguado nas frustrações de ordem gerencial, técnica e cultural, pois, que o seu advento exigia um empreendedor liberto da cultura garimpeira e preparado para executar um novo paradigma econômico. Tinha-se ali uma idéia nova, mas ainda um modelo antigo,de modo que, ainda que a cultura do maracujá não tenha atingido as nossas expectativas, seu fracasso ainda não significa sua inviabilidade econômica. Temos, hoje, um trabalhador rural (o antigo garimpeiro) mais amadurecido e podemos corrigir, talvez, o principal erro da cultura do maracujá: A MONOCULTURA, podendo evoluir, por exemplo, para o TECNOFRUTAS, já que em alguns assentamentos rurais sobressai-se, ainda em pequena escala, a cultura de algumas frutas, sem contar, é claro, a possibilidade de exploração e beneficiamento das frutas nativas dos biomas naturais. Em termos de desenvolvimento rural sustentável é importante afirmar-se na POLICULTURA e no desenvolvimento do SELO DE QUALIDADE capaz de configurar a identidade da linha de produção para o atendimento de demandas externas. Conforme as constatações de Alfredo da Mota Menezes no seu “Ingênuos, pobres e católicos: a relação dos EUA com a América Latina” (2010) “... não adianta ficar pulando de um sistema para outro. E que também não haveria firmeza na escolha do modelo econômico a seguir”. Tal constatação nos permite afirmar, com as peculiaridades locais, que precisamos afirmar uma ou mais atividades econômicas a cultura do maracujá ainda não está descartada. É preciso ter firmeza nisso.

Destarte, o Turismo é uma atividade que auto se desenvolverá à medida que as principais vocações econômicas se desenvolvam. Apesar disso, há ainda um universo turístico inexplorado, não pelo acesso ao produto ou seu reconhecimento, mas pela desorganização que, diferente de algumas concepções, não congrega apenas o setor governamental, promotor institucional da atividade, mas o setor privado da hotelaria, restaurantes, comerciantes, artesãos, artistas, bancos, transportes, produtor rural, entre outros. O Produtor Rural neste cenário, ou seja, aquele que acredita no potencial de suas riquezas naturais transformadas, de forma sustentável, pela força do trabalho evolui-se, naturalmente, de simples produtor rural, para significativo micro-empresário e, se puder fortalecer a atividade em associações e cooperativas, logo teremos o setor industrial emergente nascendo na zona rural. Ainda há de se considerar a necessidade da definição da gastronomia com a eleição do prato e a bebidatípicos, afinal, essa identidade faz diferença num município com vocação turística, basta aludir-se ao “Kangigin” de Vila Bela da Santíssima Trindade - MT ou as próprias indulgências, vendidas nos principais santuários de fé da igreja católica.

Sobre a idéia turística, entre as coisas que se pode fazer, está a necessidade de museus, pois, poucos visitam uma cidade sem conhecer os museus. E logo em Poxoréu, tida como uma das cidades mais rica em cultura no Estado, logo em Poxoréu, em 72 anos de emancipação, ainda inexiste a instituição do museu. É contraditório. Todavia, não nos fazemos de vítimas. Ainda não tem. Mas precisa e pode ter.

É evidente que a paisagem urbana se reveste de importância no cenário turístico, já que, dificilmente se consome uma mercadoria sem olhá-la e neste contexto há de se fomentar o valor da imagem e o deslumbramento das paisagens, de preferência constituindo amostras, uma vitrine da cidade, às margens da Rodovia MT-130, repetindo por assim, o fenômeno comercial da BR – 364 nos trechos de Juscimeira, Jaciara e São Pedro da Cipa. Neste caso, é imperativo concluir que “o que os olhos não vêem o corpo não deseja”, exceto quando se tratar das necessidades biológicas do ser humano e, até neste particular, são inúmeras as oportunidades.

Ainda sobre o desenvolvimento Rural há um aspecto importante a ser ressaltado: a escola. Ela é a instituição capaz de moldar um novo paradigma; de elaborar currículos reconceituando a escola rural com uma educação voltada para o campo, diminuindo a convergência de toda a demanda para a cidade, como atualmente é feita, sobrecarregando as despesas com o transporte escolar, propiciando muitas vezes, uma educação que deseduca, já que a rotina e ingenuidade da vida campesina é logo contaminada pelos vícios e desvios de conduta do ambiente urbano. Nessa escola, além do currículo voltado para a educação no campo, o capitulo mais importante, precisa se configurar na história do município, afinal, ninguém jamais conseguiu mudar aquilo que desconhece e, como sabemos, a escola ensina muitas história, menos a história local, sendo aqui oportuna a crítica de Gregório de Matos em cujo soneto dispara: “Cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha,E podem governar o mundo inteiro”. A escola com uma ideologia curricular basilar à educação no campo instrumentaliza a criança para essa nova identidade, construindo uma nova cultura sem a necessidade de mudá-la, o que é fácil, difícil é mudar um adulto. Nas crianças e jovens deve ser depositada a mais forte esperança.

De qualquer forma, seria ingênuo demais por nas escolas do campo o peso institucional da difusão ideológica de uma nova identidade. Escola no campo para o campo, porém, em se tratando de ideologia, todas as escolas precisam se encarregar de sua disseminação, pois, na mudança cultura de um povo, reside o principal desafio.

O desenvolvimento municipal, visto sob a égide da sua reconstrução endógena é, portanto, uma estratégia construída pelos próprios atores, a partir de uma nova identidade, motivando a comunidade para assumir suas funções, transformando-a no mais forte capital humano.

Apesar da motivação social para empreender, nenhum desenvolvimento de afirma sem a figura do trabalho e, neste caso, é ele que, verdadeiramente dignifica o homem e o transforma no mais sublime espírito virtuoso. Plantar maracujá, frutas, beneficiar pedras, criar animais e etc.., tecnicamente falando é fácil, às vezes é difícil achar pessoas para trabalhar. O trabalho é o motor do desenvolvimento e deve ser também o combustível que anima a comunidade.

Assim, sem a premissa de concluir o assunto, uma comunidade motivada para o trabalho não terá dificuldade em empreender sonhos como utopias realizáveis e numa época globalizada com tendência para os combustíveis renováveis compreenderá que Poxoréu, muito em breve, seguindo a tendência do Estado não será lugar para gente pobre e sem conhecimento; será lugar para consumidores de boa renda, exigentes e com amplo conhecimento técnico, principalmente no que tange a produção de alimentos.

O general consciente, maduro, empreendedor, precisa olhar para frente, sem se nutrir das desculpas do passado, mas construir um projeto coletivo para o futuro.

O pessimismo, na verdade, é o temor daqueles que ignora a essência das mudanças, pois acostumados à fantasia que os incutiu estacionar, restou alimentados do combustível da incerteza e da desesperança que os impediu de continuar sonhando e, por isso, o que ainda sonha são sonhos de outrem, justificada a ausência de motivação e o produto de uma caminhada a fios como uma criança que tem medo do escuro, o que é compreensível, porém, é incompreensível conceber um adulto que tem medo da luz.

*Gaudêncio Amorim. Pedagogo, Cientista Político, Poeta, escritor e Compositor filiado a União Poxorense de Escritores – UPE.

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

POXORÉU E A TEMPORADA DE CHUVAS 0.2

Como prometemos na postagem do dia 27/10, a seguir fotos de algumas ruas do Bairro Maria Sabina. O estado de conversação das ruas deste bairro é de regular para bom, porém, em alguns pontos já exitem buracos provocados pelas poucas chuvas caidas em nossa cidade. É preciso resolver este problema de uma vez sem promessas ilusórias.
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